domingo, 24 de março de 2019

Reprodução Sexuada e Assexuada

Reprodução Sexuada 

A reprodução sexuada está relacionada com processos que envolvem troca e mistura de material genético entre indivíduos de uma mesma espécie. Os indivíduos que surgem por reprodução sexuada assemelham-se aos pais, mas não são idênticos a eles.
Esse modo de reprodução, apesar de mais complexo e energicamente mais custoso do que a reprodução assexuada, traz grandes vantagens aos seres vivos e é o mais amplamente empregado pelos diferentes grupos. Mesmo organismos que apresentam reprodução assexuada podem também se reproduzir sexuadamente, embora existam algumas espécies em que a reprodução sexuada não ocorre.
Se o nosso ambiente fosse completamente estável, sem sofrer alterações ao longo do tempo, a reprodução assexuada seria muito vantajosa, pois preservaria, sem modificações, as características dos organismos para uma certa condição ecológica. Essa, entretanto, não é realidade. O meio ambiente sempre pode apresentar alterações. Sobreviver a elas depende em grande parte de o patrimônio genético conter soluções as mais variadas possíveis.
     
Coloração é um tipo de variabilidade.
Populações formadas por indivíduos geneticamente idênticos, como os originados por reprodução assexuada, são mais suscetíveis a alterações ambientais. Se ocorrer no ambiente uma modificação que lhes seja desfavorável, todos os indivíduos podem morrer de uma vez só. Isso pode não acontecer com populações formadas por indivíduos que se reproduzem sexuadamente, pois a variabilidade genética entre eles é maior. Essa alteração ambiental pode afetar parte da população, mas outra parte sobrevive por ter em seu material genético condições para resistir à alteração.
Na agricultura, utiliza-se muito a reprodução assexuada das plantas visando à manutenção, ao longo das gerações, de características comercialmente importantes. O uso desse recurso, no entanto, permite que culturas inteiras possam ser dizimadas caso ocorra no meio alguma alteração que prejudique esses organismos.
Nos animais, a reprodução sexuada envolve a meiose, cujos produtos são sempre os gametas, células reprodutivas haploides. Os gametas masculinos são os espermatozoides e os femininos, os óvulos.
Na maioria dos animais, os espermatozoides são produzidos pelo indivíduo do sexo masculino e os óvulos são produzidos pelo indivíduo do sexo feminino. Nesses casos, os sexos são separados. Alguns animais, no entanto, como é o caso das minhocas, são hermafroditas, pois óvulos e espermatozoides são produzidos pelo mesmo indivíduo.
Nos hermafroditas pode ocorrer autofecundação, ou seja, a fecundação do óvulo pelo espermatozoide do mesmo indivíduo. Ocorre em algumas espécies vegetais. Entretanto, geralmente existem mecanismos que impedem a autofecundação. Nesses casos, os óvulos de um indivíduo são fecundados pelos espermatozoides de outro indivíduo da mesma espécie. Fala-se, então, em fecundação cruzada.
As minhocas fazem fecundação cruzada



Reprodução assexuada



Reprodução assexuada por bipartição: bactérias
Reprodução assexuada por bipartição: bactérias
A reprodução assexuada é um tipo de reprodução onde não ocorre variabilidade genética, ou seja, os indivíduos descendentes são idênticos cromossomicamente ao organismo matriz (genitor). Nesse caso não envolve o encontro de gametas, também não ocorre a fecundação.
Organismos oriundos a partir desse processo são tidos como clones. Uma forma de multiplicação repetitiva, tendo como princípio: sucessivas divisões mitóticas ou mecanismo de bipartição, também chamada de divisão binária ou cissiparidade, processos de brotamento, partenogênese e propagação vegetativa.
A divisão mitótica é um recurso utilizado por eucariotos unicelulares e multicelulares, originando dois descendentes com a mesma bagagem genética, porém com diferença volumétrica do citoplasma.
Na reprodução binária, bem utilizada por ameba e planária, são originados organismos proporcionalmente semelhantes quanto à constituição e tamanho.
No processo por brotamento, característico de fungos e algas, surgem brotos adjacentes à estrutura corpórea do organismo genitor, posteriormente se soltando, assumindo vida independente.
A partenogênese, meio de reprodução de organismos coloniais: abelhas e formigas, caracteriza-se pelo desenvolvimento de um ou vários organismos decorrentes da não fecundação do óvulo.
A multiplicação vegetativa, conhecida como estaquia, tem significativa aplicação na agricultura, partindo do princípio da regeneração de vegetais portadores de gemas indiferenciadas desenvolvendo raízes e ramos (exemplo: mandioca, cana-de–açúcar e roseiras).

Diferença entre reprodução sexuada e assexuada

A principal diferença entre reprodução sexuada e assexuada está no fato de apenas uma gerar variabilidade genética, enquanto a outra produz clones.
O envolvimento de gametas garante uma reprodução sexuada
O envolvimento de gametas garante uma reprodução sexuadaAudima
Quando falamos em reprodução, sempre nos lembramos da reprodução humana, que envolve gametas e dois indivíduos. Entretanto, nem todos os organismos se reproduzem dessa forma, como é o caso das bactérias. Assim sendo, podemos concluir que existem diferentes tipos de reprodução.

→ Reprodução sexuada e assexuada

Podemos dividir os tipos de reprodução em dois grandes grupos: a reprodução sexuada e a reprodução assexuada. Veja as principais características de cada uma delas:
⇒ Reprodução sexuada: Na reprodução sexuada, observamos a participação de gametas e a combinação dos genes herdados dos pais. É um tipo de reprodução que leva, portanto, à variabilidade genética. Nesse caso, haverá descendentes semelhantes aos pais, não cópias idênticas.
⇒ Reprodução assexuada: A reprodução assexuada difere-se da sexuada em vários aspectos, como o fato de ser mais simples e, em geral, rápida. Um desses aspectos é a ausência de fusão de gametas e a geração de clones. Esses clones nada mais são que indivíduos idênticos geneticamente ao indivíduo parental. Quando indivíduos diferentes do parental surgem, geralmente é resultado de modificações no DNA, ou seja, mutações.
Existe uma série de tipos de reprodução assexuada. Entre eles, destacam-se:
  • Partenogênese: Processo em que as fêmeas produzem descendentes a partir de óvulos que não foram fecundados. É um tipo observado em abelhas.
  • Fragmentação: O indivíduo fragmenta-se em porções que se regeneram e dão origem a outros indivíduos. Podemos observar esse processo em estrelas do mar.
  • Brotamento: Surgem brotos no organismo que dão origem a outro. Esse broto pode se soltar ou permanecer ligado, formando, nesse caso, colônias. É o que ocorre com as hidras, por exemplo.
  • Divisão binária, bipartição ou cissiparidade: O organismo divide-se ao meio, originando dois. Pode ser observado em bactérias.
Processo de divisão binária de um organismo
Processo de divisão binária de um organismo
  • Divisão múltipla: Ocorre uma divisão que dá origem a várias células-filhas. Pode ser verificada em alguns protozoários.
  • Propagação vegetativa: Reprodução das plantas que é facilitada ou induzida pelo ser humano e ocorre a partir do plantio de porções do vegetal.
Podemos perceber, portanto, que a reprodução sexuada e assexuada apresentam diferenças. Enquanto a assexuada não envolve a produção de gametas e gera clones, a reprodução sexuada envolve gametas e resulta em variabilidade genética.

Divisão Celular


Função da mitose e meiose

Mitose e meiose fazem parte dos processos de reprodução celular que ocorrem nos seres vivos. Elas criam células que servirão para os mais diferentes objetivos biológicos. Na mitose, as células são idênticas a sua célula mãe. Já na mitose, quatro células-filhas são criadas com metade do material genético vindo da célula-mãe.

Interfase: meiose e mitose

interfase é o momento entre duas divisões celulares seguidas. Nesse momento, os filamentos cromossômicos continuam descondensados dentro do núcleo, o que constitui a cromatina — que é um complexo de DNA e proteínas, localizado dentro do núcleo da célula.
Acontece também nessa fase o crescimento celular e a duplicação dos cromossomos. Assim, a célula se prepara para a próxima divisão. A interfase é relativamente longa. Alguns mamíferos, por exemplo, têm um ciclo celular com 36 horas de duração. Nesse período, 35 horas são de interfase e apenas 1 hora para a mitose.
Por outro lado, em um ciclo de 24 horas, entre 9 a 11 horas serão para a fase G1, enquanto a fase Stem de 8 a 11 horas. Para terminar, a fase G2 tem de 4 a 5 horas. A mitose, entretanto, faz seu trabalho em um tempo curto, ocupando o tempo restante.
Entenda cada uma dessas fases a seguir:

Fases da interfase

A interfase, normalmente, tem 3 fases: G1, S e G2.

G1

Também chamada de Gap 1 (que significa intervalo 1), normalmente é a fase mais variável e longa do ciclo. Essa fase é anterior à duplicação do DNA. Há células que permanecem nesse estágio até a morte, não indo para o próximo estágio. Isso só acontece quando a célula não recebe os estímulos necessários para realizar a divisão.
Ou seja, cumpre apenas seu papel de participar do metabolismo (não duplica material e nem se divide). Nesse caso, pode-se dizer que a célula ficou no estado G prolongado ou G0.
Alguns exemplos são as células do sistema nervoso, que permanecem dessa forma para sempre e o fibroblasto — célula da pele que continua em G0 até receber um estímulo, que normalmente acontece com um ferimento.

S (Síntese)

Nesse momento, acontece a duplicação do material genético. Sendo assim, a célula realiza as funções metabólicas e, ao final, o DNA estará pronto para duplicação.

G2

Também chamado de Gap 2, é nessa fase em que há a produção das substâncias necessárias para a formação de células-filhas e organelas.

O que é meiose?

Chama-se de meiose o processo de divisão celular que acontece na formação dos gametas, o qual reduz o número de cromossomos. Dessa forma, uma célula-mãe diploide consegue originar 4 células-filhas haploides.
A meiose foi descoberta por Friedrich Weismann, que viveu entre 1834 e 1914, quando elaborou uma hipótese para explicar o motivo do número de cromossomos ser igual entre as gerações seguintes.
De forma acertada, definiu que na formação dos gametas acontecia um tipo de divisão celular. Ainda disse que o número de cromossomos nas células-filhas era reduzido pela metade.
O processo acontece a partir de duas etapas de divisões consecutivas, gerando quatro células:
  • Meiose I: etapa de redução — o número de cromossomos diminui pela metade;
  • Meiose II: etapa equacional — o número de cromossomos nas células que se dividem é mantido nas células formadas.
A meiose acontece quando as células entram em fase de reprodução, processo fundamental para que os gametas e esporos sejam formados e para a divisão do zigoto.

Fases da meiose I

Prófase I

A fase de prófase I é complexa e pode ser dividida em cinco fases seguidas.
  • Leptóteno: Nesse caso, cada cromossomo é formado por duas cromátides. A presença de condensações pode ser observada, sendo chamada de cromômeros.
  • Zigóteno: O emparelhamento dos cromossomos homólogos é iniciado, o que é chamado de sinapse.
  • Paquíteno: Completa o processo iniciado no Zigóteno. Os pares de cromossomos têm quatro cromátides, sendo uma bivalente ou tétrade. As que se originam de um mesmo cromossomo são formadas por cromátides-irmãs. Por outro lado, as que são originadas de cromossomos homólogos são denominadas de cromátides homólogas. É possível que sofram uma ruptura e, caso os pedaços troquem de lugar, acontecerá uma permutação (também chamada de crossing over). Como os cromossomos portam genes, acontece uma recombinação gênica.
  • Diplóteno: São cromossomos homólogos que se afastam, mas continuam ligados pelas áreas em que ocorreu a permutação, constituindo os quiasmas.
  • Diacinese: A condensação continua e os cromossomos homólogos são separados. Dessa forma, os quiasmas escorregam para as pontas (esse processo é chamado de terminação dos quiasmas). Enquanto as fases vão evoluindo, a carioteca e o nucléolo desaparecem.

Metáfase I

Nessa fase, a membrana celular desaparece, assim, os pares de cromossomos homólogos passam a ter uma organização no plano equatorial da célula. Os centrômeros homólogos se ligam em fibras que vêm de centríolos opostos. Dessa forma, o componente de cada par será puxado em direções diferentes.

Anáfase I

Aqui, não acontece a divisão dos centrômeros. Os componentes do par migram em direção a um dos polos celulares.

Telófase I

É a última fase da primeira divisão da meiose. Nesse momento, os conjuntos haploides são agrupados em polos opostos. Isso torna-os mais finos e longos. O fuso acromático é desagregado e desaparece, formando-se uma membrana nuclear em volta dos conjuntos.
É possível que aconteça uma divisão celular em duas (chamada de citocinese) ou ir imediatamente para a segunda divisão.

Fases da meiose II

No segundo ciclo, acontece a separação das cromátides-irmãs dos cromossomos. Veja, agora, cada fase!

Prófase II

Se comparada com a prófase I, é mais rápida. Algumas vezes ela pode nem acontecer. Nesse caso, as células vão direto para a Metáfase II. Aqui:
  • os cromossomos são condensados;
  • os nucléolos desaparecem;
  • os centríolos que foram duplicados ocupam os polos opostos;
  • aparece o fuso acromático;
  • a carioteca é desorganizada e os cromossomos são espalhados pelo citoplasma, dessa forma, as fibras são perdidas.

Metáfase II

Como também acontece na mitose, os cromossomos ficam presos às fibras do fuso pelo centrômero. Ambos polos são partidos.

Anáfase II

Nesse momento, acontece a duplicação dos centrômeros. As cromátides-irmãs também são separadas, o que ocorre de forma parecida com a mitose.

Telófase II

Nessa fase, os núcleos são reorganizados. Com a citocinese, as quatro células-filhas são separadas. Ou seja, não há mais cromossomos homólogos e elas têm metade do número de cromossomos, se comparadas à célula que deu início à meiose.

O que é mitose?

Mitose é um processo em que as células eucarióticas têm seus cromossomos divididos entre duas células menores. O processo dura, geralmente, entre 52 e 80 minutos.
entendimento da mitose foi proposto por Walther Flemming que, estudando a células epidérmicas de uma salamandra, verificou algumas alterações no núcleo das células que passam por divisão.
Viu que os cromossomos eram visíveis e pareciam com fios longos e finos dentro do núcleo (nessa fase, é impossível ver um único filamento, que é chamado de cromatina). Durante esse tempo, ficam mais grossos e curtos, o que se chama de condensação.

Fases da mitose

fases da mitose mitose e meiose
A mitose tem quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase.

Prófase

Quando a mitose começa em uma célula diploide, os cromossomos e o centrossomo estão duplicados. Na prófase, o condensamento dos cromossomos começa, sendo visíveis até em um microscópio óptico. Os cromossomos são constituídos por dois cromatídios, que são unidos pelo centrômero. Eles são chamados de cromossomos dicromatídeos.
Logo depois, os centríolos são deslocados para os polos opostos. Nesse momento, a formação do fuso acromático (também chamado de fuso mitótico) é iniciada. Ainda assim, o invólucro nuclear é desorganizado e os nucléolos desaparecem. Essa fase é fundamental para que a divisão dos cromossomos aconteça.

Prometáfase

envelope nuclear é dissolvido em vários fragmentos. O desaparecimento dele inaugura o início da segunda fase, chamada de prometáfase. Os microtúbulos que vêm dos centrossomos atingem os cromossomos, que nesse momento estão condensados.
Na região do centrômero, a cromátide-irmã tem uma estrutura de proteína chamada cinetócoro. Há microtúbulos que são ligados ao cinetócoro e arrastam os cromossomos. Outros fazem contato com os microtúbulos que vieram do polo oposto.
As forças que são exercidas pelos motores proteicos são associadas aos microtúbulos e movem o cromossomo ao centro da célula. Isso é visível a partir de um microscópio óptico.

Metáfase

metáfase é a fase em que os centrômeros dos cromossomos ligam-se às fibras cinetocóricas (vindas dos centríolos). É considerada como uma das fases mais estáveis da mitose. Os cromatídios são mais visíveis e já vão rumo à próxima fase: a anáfase.
Nesse momento da mitose, os cromossomos condensados estão alinhados no centro da célula e formam a placa metafásica (também chamada de placa equatorial). Isso acontece antes que os centrômeros sejam duplicados e que as fibras cinetocóricas sejam encurtadas, o que permite que as cromátides-irmãs caminhem para o polo das células que estão em formação.
Nessa etapa é que acontecem os estudos de cariótipo, uma vez que os cromossomos estão completamente condensados e se tornam visíveis. Também nessa fase ocorre a duplicação dos centrômeros.

Anáfase

Durante essa fase, o centrômero é duplicado. Dois cromatoplastídeos são separados e passam a formar dois cromossomos independentes.
As fibrilas que estão ligadas aos dois cromossomos são encolhidas, então, esses cromossomos se afastam e vão para os polos opostos da célula. Dessa forma, no final, haverá o mesmo número de cromossomos em ambos os polos. Eles terão o mesmo conteúdo genético, que também é idêntico ao da célula-mãe.

Telófase

É na Telófase que os cromossomos se descondensam. Os cromossomos-filhos ficam presentes nos dois polos celulares e uma nova membrana nuclear é organizada em volta do conjunto de cromossomos. Quando acontece a descondensação, os cromossomos voltam ao trabalho, produzindo RNA. Os nucléolos aparecem novamente.
É também nessa fase que os cromossomos ficam menos visíveis. O invólucro nuclear é reorganizado em torno do conjunto de cromossomos, assim, os nucléolos reaparecem. Quando o fuso acromático desaparece, entende-se que a cariocinese está concluída. No final dessa fase, o processo de Citocinese é iniciado.

Citocinese

Para terminar, a Citocinese é a divisão do citoplasma que permite que as células-filhas sejam individualizadas. Nas células animais (são aquelas que não têm parede celular) se formam na zona equatorial um anel com filamentos de proteínas. Eles se contraem e puxam a membrana.
Assim, aparece um sulco que estrangula o citoplasma até que as células-filhas são separadas. Como a separação é realizada a partir do estrangulamento, ele é chamado de citocinese centrípeta.
Já nas células vegetais (são as que têm parede celular), a parede não permite que a divisão aconteça por estrangulamento. Então, um conjunto de vesículas vindas do complexo de Golgi aparecem na região equatorial e formam uma membrana plasmática, formando uma lamela entre as células-filhas.
Depois, acontece a formação das paredes celulares nas novas células. Como essa citocinese acontece de dentro para fora, é comum ser chamada de citocinese centrífuga.

Diferença entre mitose e meiose

Há várias diferenças entre mitose e meiose. Confira as principais!

Função

Embora os dois tipos de divisão celular aconteçam nos animais, nas mais variadas plantas e fungos, pode-se dizer que a mitose é mais comum do que a meiose. Além disso, ela tem maior variabilidade de funções.
Na mitose, acontece a reprodução assexuada, que ocorre em organismos unicelulares e permite que o crescimento celular ocorra. Além disso, é com a mitose que os organismos multicelulares conseguem fazer reparos, como é o caso dos humanos.
Nesse processo, uma célula consegue fazer um clone dela mesma. É assim que os humanos conseguem crescer, além de restabelecer as células no caso de cortes e lesões. É possível, até mesmo, regenerar a pele, membros e partes de alguns animais, como acontece com a cauda de lagartixas.
Na meiose, o processo é diferente! É uma divisão celular específica que resulta em esperma, óvulos e gametas. Essas células têm metade dos cromossomos da célula-mãe.
Diferentemente do que acontece na mitose, na meiose há um propósito específico e mais significativo: ajudar na reprodução sexual. Esse processo permite que os filhos possam ter genes em comum com os pais, mas possam ser diferentes.

Fases da mitose e meiose

Boa parte do tempo gasto na reprodução celular acontece no estágio de interfase (cerca de 90% da existência). Nesse período, as células estão se preparando para a divisão com a réplica de DNA e a duplicação dos centríolos. Quando a divisão celular realmente começa é que podemos falar em fases meióticas ou mióticas.
Na mitose, tem-se como produto a célula original, além de uma nova célula-filha. Geneticamente, elas são idênticas. Nesse processo, existem quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. No caso das células vegetais, há ainda mais uma fase que acontece antes da prófase. É uma etapa de preparação.
Na meiose, os processos são mais complexos e passam por fases adicionais com o intuito de criar quatro células haploides. Geneticamente, são diferentes da célula que a gerou. Em seguida, é possível combinar e criar uma diploide. Na meiose, existem dois estágios, conhecidos como meiose 1 e meiose 2. Há quatro fases em cada um deles (oito no total).

Meiose 1

  • prófase 1;
  • metáfase 1;
  • anáfase 1;
  • telófase 1.

Meiose 2

  • prófase 2;
  • metáfase 2;
  • anáfase 2;
  • telófase 2.

Mitose e Meiose: Aprofundando sobre o assunto

Agora é hora de você aprofundar seus estudos, entendendo um pouco mais sobre o ciclo das células.

Ciclo Celular 

Pode-se chamar de ciclo celular o tempo que a divisão celular leva para terminar o seu trabalho. Cada célula tem seu próprio tempo para concluir o processo. Em alguns casos, a divisão começa com o fim da mitose, em outros, a reprodução demora mais tempo na fase de interfase.

Cromossomos

Cromossomos são filamentos que são formados de proteínas e DNA. Quando são duplicados, originam cromátides-irmãs, que são idênticas geneticamente.

Síndromes cromossômicas

síndrome de down mitose e meiose
A meiose pode originar gametas com um número diferente de cromossomos, o que pode fazer com que alguns seres vivos tenham uma quantidade anormal de cromossomos.
Uma das alterações cromossômicas (também chamadas de aneuploidias) mais conhecidas é a Síndrome de Down. Nesse caso, o indivíduo tem três cromossomos no par 21 (em pessoas normais, são 2 cromossomos).
Outras alterações são as síndromes de Klinefelter e Turner. Nesses casos, são alterações no par sexual de cromossomos (X ou Y). Com a Síndrome de Turner, a mulher tem apenas um cromossomo X (o normal é ter dois). Já na Síndrome de Klinefelter, o homem tem dois cromossomos X e um Y (o normal é que o indivíduo tenha um de cada, XY).

Mitose e meiose: resumo

mitose e a meiose são dois tipos diferentes de divisão celular. No primeiro caso, o processo gera duas células-filhas idênticas geneticamente. Elas se desenvolvem a partir de uma célula-mãe. Na meiose, a divisão celular envolve fissão do núcleo, o que gera quatro células. Elas têm metade do número de cromossomos da célula original.
Veja, agora, mais diferenças entre esses dois tipos de divisão celular.

Quantidade de divisões

  • Mitose — a célula é somática é só se divide uma vez;
  • Meiose — a célula é reprodutiva e se divide duas vezes.

Tipo de reprodução

  • Mitose — reprodução assexuada;
  • Meiose — reprodução sexuada.

Quantidade de célula-filhas

  • Mitose — são produzidas duas células-filhas; As células são diploides (2n) e contêm o mesmo número de cromossomos da célula-mãe;
  • Meiose — são geradas quatro células-filhas; as células são haploides (n) e têm a metade da quantidade de cromossomos da célula original.

Composição Genética

  • Mitose — nesse caso, as células-filhas são idênticas geneticamente;
  • Meiose — na meiose, as células resultantes têm diferentes combinações genéticas.

Fases da divisão

Mitose

Na mitose são 4 fases:
  • Prófase;
  • Metáfase;
  • Anáfase;
  • Telófase.

Meiose

A meiose conta com 8 fases:
  • Prófase I;
  • Metáfase I;
  • Anáfase I;
  • Telófase I;
  • Prófase II;
  • Metáfase II;
  • Anáfase II;
  • Telófase II.

Ocorrência

  • Mitose — acontece em todos os organismos;
  • Meiose — ocorre nos seres humanos, animais, plantas e fungos.

Cruzamento genético

  • Mitose — não há recombinação ou cruzamento;
  • Meiose — acontece recombinação genética a partir do cruzamento.

Emparelhamento de homólogos

  • Mitose — na mitose não há emparelhamento de homólogos;
  • Meiose — na meiose há emparelhamento de homólogos.

Principais funções

  • Mitose — regeneração e crescimento dos tecidos, formação de gametas nos vegetais, cicatrização e divisões do zigoto no desenvolvimento do embrião;
  • Meiose — na meiose, há a garantia de diversidade genética a partir da reprodução sexual; nos animais, formam-se os gametas; nos vegetais, a formação de esporos.

Número de divisões

  • Mitose — 1;
  • Meiose — 2.

Quantidade de cromossomos

  • Mitose — a quantidade continua a mesma;
  • Meiose — os cromossomos são reduzidos pela metade.

Fase da divisão dos centríolos

  • Mitose — os centríolos são divididos durante a anáfase;
  • Meiose — acontece a divisão durante a anáfase II.

Geração de células

  • Mitose — a mitose é capaz de gerar todos os tipos de células, menos as sexuais;
  • Meiose — gera apenas células sexuais, como óvulos e espermatozoides.

Citocinese

  • Mitose — acontece na telófase;
  • Meiose — acontece durante a telófase I e na telófase II.

Descoberta

  • Mitose — descoberta por Walther Flemming;
  • Meiose — descoberta por Oscar Hertwig.

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