domingo, 24 de março de 2019

Reprodução Sexuada e Assexuada

Reprodução Sexuada 

A reprodução sexuada está relacionada com processos que envolvem troca e mistura de material genético entre indivíduos de uma mesma espécie. Os indivíduos que surgem por reprodução sexuada assemelham-se aos pais, mas não são idênticos a eles.
Esse modo de reprodução, apesar de mais complexo e energicamente mais custoso do que a reprodução assexuada, traz grandes vantagens aos seres vivos e é o mais amplamente empregado pelos diferentes grupos. Mesmo organismos que apresentam reprodução assexuada podem também se reproduzir sexuadamente, embora existam algumas espécies em que a reprodução sexuada não ocorre.
Se o nosso ambiente fosse completamente estável, sem sofrer alterações ao longo do tempo, a reprodução assexuada seria muito vantajosa, pois preservaria, sem modificações, as características dos organismos para uma certa condição ecológica. Essa, entretanto, não é realidade. O meio ambiente sempre pode apresentar alterações. Sobreviver a elas depende em grande parte de o patrimônio genético conter soluções as mais variadas possíveis.
     
Coloração é um tipo de variabilidade.
Populações formadas por indivíduos geneticamente idênticos, como os originados por reprodução assexuada, são mais suscetíveis a alterações ambientais. Se ocorrer no ambiente uma modificação que lhes seja desfavorável, todos os indivíduos podem morrer de uma vez só. Isso pode não acontecer com populações formadas por indivíduos que se reproduzem sexuadamente, pois a variabilidade genética entre eles é maior. Essa alteração ambiental pode afetar parte da população, mas outra parte sobrevive por ter em seu material genético condições para resistir à alteração.
Na agricultura, utiliza-se muito a reprodução assexuada das plantas visando à manutenção, ao longo das gerações, de características comercialmente importantes. O uso desse recurso, no entanto, permite que culturas inteiras possam ser dizimadas caso ocorra no meio alguma alteração que prejudique esses organismos.
Nos animais, a reprodução sexuada envolve a meiose, cujos produtos são sempre os gametas, células reprodutivas haploides. Os gametas masculinos são os espermatozoides e os femininos, os óvulos.
Na maioria dos animais, os espermatozoides são produzidos pelo indivíduo do sexo masculino e os óvulos são produzidos pelo indivíduo do sexo feminino. Nesses casos, os sexos são separados. Alguns animais, no entanto, como é o caso das minhocas, são hermafroditas, pois óvulos e espermatozoides são produzidos pelo mesmo indivíduo.
Nos hermafroditas pode ocorrer autofecundação, ou seja, a fecundação do óvulo pelo espermatozoide do mesmo indivíduo. Ocorre em algumas espécies vegetais. Entretanto, geralmente existem mecanismos que impedem a autofecundação. Nesses casos, os óvulos de um indivíduo são fecundados pelos espermatozoides de outro indivíduo da mesma espécie. Fala-se, então, em fecundação cruzada.
As minhocas fazem fecundação cruzada



Reprodução assexuada



Reprodução assexuada por bipartição: bactérias
Reprodução assexuada por bipartição: bactérias
A reprodução assexuada é um tipo de reprodução onde não ocorre variabilidade genética, ou seja, os indivíduos descendentes são idênticos cromossomicamente ao organismo matriz (genitor). Nesse caso não envolve o encontro de gametas, também não ocorre a fecundação.
Organismos oriundos a partir desse processo são tidos como clones. Uma forma de multiplicação repetitiva, tendo como princípio: sucessivas divisões mitóticas ou mecanismo de bipartição, também chamada de divisão binária ou cissiparidade, processos de brotamento, partenogênese e propagação vegetativa.
A divisão mitótica é um recurso utilizado por eucariotos unicelulares e multicelulares, originando dois descendentes com a mesma bagagem genética, porém com diferença volumétrica do citoplasma.
Na reprodução binária, bem utilizada por ameba e planária, são originados organismos proporcionalmente semelhantes quanto à constituição e tamanho.
No processo por brotamento, característico de fungos e algas, surgem brotos adjacentes à estrutura corpórea do organismo genitor, posteriormente se soltando, assumindo vida independente.
A partenogênese, meio de reprodução de organismos coloniais: abelhas e formigas, caracteriza-se pelo desenvolvimento de um ou vários organismos decorrentes da não fecundação do óvulo.
A multiplicação vegetativa, conhecida como estaquia, tem significativa aplicação na agricultura, partindo do princípio da regeneração de vegetais portadores de gemas indiferenciadas desenvolvendo raízes e ramos (exemplo: mandioca, cana-de–açúcar e roseiras).

Diferença entre reprodução sexuada e assexuada

A principal diferença entre reprodução sexuada e assexuada está no fato de apenas uma gerar variabilidade genética, enquanto a outra produz clones.
O envolvimento de gametas garante uma reprodução sexuada
O envolvimento de gametas garante uma reprodução sexuadaAudima
Quando falamos em reprodução, sempre nos lembramos da reprodução humana, que envolve gametas e dois indivíduos. Entretanto, nem todos os organismos se reproduzem dessa forma, como é o caso das bactérias. Assim sendo, podemos concluir que existem diferentes tipos de reprodução.

→ Reprodução sexuada e assexuada

Podemos dividir os tipos de reprodução em dois grandes grupos: a reprodução sexuada e a reprodução assexuada. Veja as principais características de cada uma delas:
⇒ Reprodução sexuada: Na reprodução sexuada, observamos a participação de gametas e a combinação dos genes herdados dos pais. É um tipo de reprodução que leva, portanto, à variabilidade genética. Nesse caso, haverá descendentes semelhantes aos pais, não cópias idênticas.
⇒ Reprodução assexuada: A reprodução assexuada difere-se da sexuada em vários aspectos, como o fato de ser mais simples e, em geral, rápida. Um desses aspectos é a ausência de fusão de gametas e a geração de clones. Esses clones nada mais são que indivíduos idênticos geneticamente ao indivíduo parental. Quando indivíduos diferentes do parental surgem, geralmente é resultado de modificações no DNA, ou seja, mutações.
Existe uma série de tipos de reprodução assexuada. Entre eles, destacam-se:
  • Partenogênese: Processo em que as fêmeas produzem descendentes a partir de óvulos que não foram fecundados. É um tipo observado em abelhas.
  • Fragmentação: O indivíduo fragmenta-se em porções que se regeneram e dão origem a outros indivíduos. Podemos observar esse processo em estrelas do mar.
  • Brotamento: Surgem brotos no organismo que dão origem a outro. Esse broto pode se soltar ou permanecer ligado, formando, nesse caso, colônias. É o que ocorre com as hidras, por exemplo.
  • Divisão binária, bipartição ou cissiparidade: O organismo divide-se ao meio, originando dois. Pode ser observado em bactérias.
Processo de divisão binária de um organismo
Processo de divisão binária de um organismo
  • Divisão múltipla: Ocorre uma divisão que dá origem a várias células-filhas. Pode ser verificada em alguns protozoários.
  • Propagação vegetativa: Reprodução das plantas que é facilitada ou induzida pelo ser humano e ocorre a partir do plantio de porções do vegetal.
Podemos perceber, portanto, que a reprodução sexuada e assexuada apresentam diferenças. Enquanto a assexuada não envolve a produção de gametas e gera clones, a reprodução sexuada envolve gametas e resulta em variabilidade genética.

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